Sugestão de Leitura:
“O Ponto de Vista do Outro”, de Jurandir Freire Costa (Garamond). O livro é uma demonstração de que a forma moderna da moral não é o princípio, mas o dilema. E, no dilema, o que importa não é a fidelidade intransigente a valores estabelecidos; no dilema, o que importa é, ao contrário, nossa capacidade de transigir com as situações concretas e com os outros concretos.
A coerência é uma virtude só para quem se orienta por princípios. Para o indivíduo moral, que se orienta (e desorienta) por dilemas, a coerência não é uma virtude, ao contrário, é uma fuga (um tanto covarde) da complexidade concreta. Com nossas falsas certezas morais, “a coerência é o último refúgio de quem tem pouca fantasia” e de quem tem pouca coragem.
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