Para o leigo em economia pode ser complicado compreender o que está acontecendo no mercado financeiro no momento e quais as perspectivas para 2015 e anos seguintes.
Vou ser o mais didático possível.
Dentre várias medidas, existem duas maneiras de o Governo controlar a inflação. Uma, é aumentar a taxa básica de juros,
que faz com que os empréstimos fiquem mais caros e o consumidor freie o consumo sendo que com a diminuição do consumo os produtores não se sentem tão tentados a aumentar os preços.
A outra medida é o depósito compulsório e o nível total desse depósito, que é uma espécie de depósito obrigatório que os bancos tem de fazer no Banco Central, dinheiro este que vem dos depósitos que nós fazemos nas contas correntes. Assim, quanto maior este depósito obrigatório, menos dinheiro os bancos disponibilizarão para emprestar para as pessoas e para as empresas. Isto também faz o consumo cair.
Pois bem. Ao invés de emprestar o dinheiro para a sociedade, as instituições financeiras têm preferido o depósito
compulsório, que remunera os bancos a uma média de 11% ao ano, e assim diminuem o risco de enfrentar uma inadimplência de consumidores. Desde o ano
passado, as instituições ficaram mais restritivas na concessão de
crédito, mesmo estando mais capitalizadas. Segundo dados do Banco
Central, os compulsórios totais cresceram 14,7% entre março de 2013 e
maio deste ano, um avanço de R$ 49,24 bilhões. Desse total, R$ 13,4
bilhões são recursos que os bancos deliberadamente não tiveram interesse
em transformar em crédito e, na prática, enxugaram do mercado.
Assim, caro leitor, se os compulsórios crescem, as taxas de juros também
sobem para o consumidor. Ou seja, bancos estão com receio de inadimplência.
E você sabe o que poderá acontecer daqui pra frente? Poderá haver desemprego e os bancos têm colocado essa possibilidade no cenário quando
planejam o que fazer com o que eles podem emprestar para as pessoas e empresas.
Portanto, 2015 vai ser um ano de ajustes na economia, e não será um ano fácil. Por isso, você precisa se proteger financeiramente. Abordarei este tema em outro post.
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